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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Copenhaga: EUA alcançou "acordo significativo" mas "insuficiente" com China, Índia e Africa do Sul

Copenhaga, 18 Dez (Lusa) - Os Estados Unidos alcançaram um "acordo significativo" mas "insuficiente" com as principais nações emergentes, nomeadamente com a China, Índia e a Africa do Sul, na Cimeira Mundial sobre Alterações Climáticas, em Copenhaga, adiantaram hoje fontes da delegação norte-americana

O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, que hoje chegou à capital dinamarquesa para participar no encerramento da conferência da ONU sobre alterações climáticas, reuniu durante a tarde de hoje com os quatro principais países emergentes (Brasil, África do Sul, Índia e China), considerados actores-chave para um sucesso em Copenhaga.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Hamas rejeita prorrogação mandato Abbas e nova data eleições

O movimento radical islâmico Hamas rejeitou a prorrogação do mandato do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, e a convocação de eleições para 28 de Junho, data determinada hoje pelo Conselho Nacional da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
«Qualquer coisa decidida pelo Conselho Nacional é ilegal», afirma o Hamas, em comunicado enviado à imprensa, no qual explica que «as competências do Conselho expiraram».
«A legitimidade (constitucional) provém do povo palestiniano, não do Conselho Central ou Nacional ou qualquer outro conselho ou instituição cuja autoridade tenha expirado», acrescenta a nota do Hamas, ao questionar a vigência da OLP, da qual não faz parte, mas que representa os interesses palestinianos perante da comunidade internacional.

Ismail Radwan, um dos líderes do movimento islamita em Gaza, lembrou que a legislatura de Abbas expirou em Janeiro de 2009, e que, portanto, desde então, não deveria ser considerado presidente.
«Abbas não tem nenhuma autorização para continuar como tal a menos que as eleições sejam realizadas», declarou.
«Todas estas tentativas de prorrogar mandatos são manipulações ilegais», salientou.

Sobre o poder Legislativo, o comunicado afirma que, «segundo as Leis Básicas, é dono de si mesmo», e que, portanto, «continuará a actuar com plenas competências até que sejam realizadas novas eleições».

Embora legalmente o mandato de quatro anos dos deputados ainda não tenha expirado e a OLP tenha estendido hoje as suas atribuições, o Parlamento deixou praticamente de operar em 2007, quando os islamitas se rebelaram contra o presidente Abbas e a ANP.

In Diario Digital / Lusa

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"A morte do Protocolo de Quioto é a morte de África"

A União Africana considerou hoje, terça-feira, que a conferência da ONU sobre o clima, que decorre em Copenhaga, poderá conduzir "à morte do Protocolo de Quioto", único instrumento jurídico vinculativo na luta contra o aquecimento global.



"Os representantes do continente deram unanimemente a conhecer a sua firme e determinada recusa de continuarem as consultas que se traduziriam na morte de Quioto", segundo um comunicado distribuído à imprensa em Adis Abeba.

"A Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (UNFCCC) estabelece os princípios gerais, sem qualquer cláusula restritiva, enquanto o Protocolo de Quioto constitui, por seu lado, o instrumento jurídico que estabelece os compromissos conducentes à redução das emissões de gases com efeito de estufa", lê-se no documento.

Para a UA, representada pelo primeiro-ministro etíope Meles Zenawi, nomeado "principal negociador" em nome dos 53 Estados membros daquela organização, "a morte do Protocolo de Quioto é a morte de África".

Segunda-feira de manhã, o grupo africano, chegou a abandonar as negociações a nível dos grupos de trabalho, exigindo a realização de uma sessão ministerial plenária exclusivamente dedicada ao seguimento a dar a este convénio internacional.

A crise passou somente depois da ministra do Clima e Energia dinamarquesa, Connie Hedegaard, que preside aos trabalhos, ter garantido às delegações africanas a satisfação da sua exigência.

in jn, 15/12/2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Saara Ocidental: Marrocos manifesta "espanto" e "decepção" por moção aprovada pelo Parlamento português

Lisboa, 08 Dez (Lusa) - O Governo de Marrocos manifestou hoje "espanto" e "decepção" pelo conteúdo do voto de solidariedade aprovado no Parlamento português em 27 de Novembro e relacionado com a situação da activista pela independência do Saara Ocidental, Aminatu Haidar.

"O Governo de Marrocos exprime o seu espanto e decepção na sequência da aprovação, recente, pelo Parlamento português, de uma moção inamistosa e relacionada com a denominada Aminatu Haiar", refere um comunicado oficial.

"Esta atitude infeliz e inoportuna, independentemente das condições em que foi desencadeada e das modalidades da sua aprovação, suscitam a reprovação por parte de todas as forças vivas do Reino (de Marrocos), tendo em consideração as relações de amizade e respeito mútuo que sempre existiram entre os dois países", precisa o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação marroquino, citado pela agência Maghreb Arab Presse (MAP).

Bagdad: explosões simultâneas fazem mais de 100 mortos


A explosão quase simultânea de cinco carros-bomba esta terça-feira em diferentes pontos de Bagdad causou a morte de pelo menos 118 pessoas e e fez quase 200 feridos, confirmaram as autoridades iraquianas segundo a Reuters.
A primeira explosão teve como alvo a sede Ministério do Interior, no centro de Bagdad, a segunda, o Parque de Zawraa, na parte oeste, a terceira, a Universidade de Mustansiriya, no leste. A quarta ocorreu junto ao Ministério do Trabalho e a quinta atingiu uma patrulha policial no bairro de Al-Dura, no sul da capital.
Os ataques acontecem dois dias depois da aprovação, pelo Parlamento, da lei eleitoral que abre caminho para a realização da segunda eleição geral no país desde a queda de Saddam Hussein.
Em Outubro, uma série de ataques a bomba coordenados mataram pelo menos 155 pessoas e deixou centenas de feridos. Estes ataques vêm fazer frente aos dados recentemente divulgados pelo governo iraquiano que indicavam um decréscimo da violência nos últimos 18 meses.
Todos os postos de controlo na cidade foram fechados após os ataques desta terça-feira.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A palestiniana que falhou o 'martírio' porque não encontrou soldados

O olhar adensa-se, torna-se mais escuro, e, por segundos, arqueiam-se-lhe as sobrancelhas. A pergunta traz recordações dolorosas mas Arin não ilude a resposta: "Se tivesse visto soldados, isso significaria guerra, luta". Logo, não teria mudado de ideias e teria feito explodir a mochila que transportava às costas. Com 35 kg de explosivos. Teria sido uma shaeed - mártir - cujo corpo, ou o que restasse dele, estaria hoje numa vala comum do "cemitério dos números" em Israel.




Mas Arin Awad Ahmed naquele dia de Maio de 2002 não viu soldados no parque da cidade israelita de Rishon Letzion. E isso fez toda a diferença. Transformou-a na primeira - e única - kamikaze que se arrependeu no último momento.

"Vi pessoas, jovens, idosos; vi uma mãe com um bebé; quando recordo esse dia, ainda sinto o que então senti", afirma, com voz segura, esta palestiniana que passou os últimos sete anos e meio numa prisão israelita. "Deus não me deu o direito de tirar a vida a ninguém, eram civis, não podia fazer-lhes o que os soldados estavam a fazer ao meu povo", adianta a jovem muçulmana da pequena vila de Beit Sahur, vizinha da cidade de Belém.

Arin diz-se preocupada em defender o seu povo e, de forma especial, os milhares de palestinianos que ainda estão nas prisões israelitas. De forma pacífica porque a "estratégia dos suicidas" teve o seu momento, agora "é a do diálogo, das negociações". Embora, sublinha, estas não tenham dado qualquer "resultado". Na defesa dos prisioneiros, ela e o marido - Sami, um ex-prisioneiro - criaram uma estação de rádio precisamente para dar voz aos que estão presos e também para levar até eles as vozes do exterior, das famílias, dos líderes.

"Temos um sonho, que é também um direito: ter um Estado com fronteiras definidas, onde possamos viver em liberdade e com dignidade. Dignidade é a chave", afirma, em conversa com o DN, horas após "ter despido a alma" perante um auditório que ouviu a sua história com profunda atenção. Arin veio a Lisboa no âmbito da X Conferência da Cunha Vaz & Associados e para uma entrevista conduzida pelo jornalista Henrique Cymerman.

A menina que perdeu o pai aos seis meses e que a mãe - que vive na capital jordana - deixou com os tios e as tias na pequena vila da Cisjordânia, teve sonhos que a violência do conflito com Israel destruiu. A segunda Intifada, que começou em Setembro de 2000, roubou-lhe o sonho de ser engenheira e de frequentar a universidade que desejava; o ano de 2002 foi-lhe particularmente doloroso: o seu namorado, Jad, foi morto por israelitas, perdeu amigos e assistiu, impotente, aos mais de 30 dias de cerco militar israelita à Basilica da Natividade, em Belém, dentro da qual estavam alguns amigos. É neste ambiente de violência desenfreada que Arin, num ímpeto emocional dos seus 20 anos, comunica que quer fazer-se explodir para vingar a dor que os soldados israelitas lhe tinham provocado. E, a 22 de Maio, Arin e Issam, um palestiniano de 16 anos, são levados até Rosh Letzion, para se explodirem na praça da cidade. Primeiro seria Issam, depois e no lado oposto da praça, Arin. Mas ... não havia soldados. E a jovem desiste. Tenta convencer o adolescente a fazer o mesmo e exige aos "líderes" que os levaram até à cidade que a venham buscar.

"Fiquei três horas à espera. Desligavam-me o telemóvel, ameaçavam-me mas a minha resposta foi sempre a mesma: quero ir para casa, não quero fazer isto", conta. Finalmente, aceitaram a decisão de Arin, que partiu deixando a mochila num dos bancos da praça... Uma semana mais tarde, os soldados israelitas prenderam-na. Foi interrogada durante 23 horas seguidas e ao longo de 39 dias. O então ministro da Defesa de Israel, Benyamin Ben-Eliezer, foi à prisão para saber as razões que a levaram a dizer sim e a recuar. "Olhei-o nos olhos todo o tempo e tive a possibilidade de lhe dizer que eram as acções do seu exército que provocavam os shaeeds, elas eram a causa da violência", contou Arin ao DN.

Flavio Fonte: Diario de Noticias

Colisão de barcos no Nilo causa pelo menos dez mortos

Pelo menos dez pessoas morreram e várias dezenas de outras foram dadas como desaparecidas na sequência de uma colisão de dois barcos de passageiros esta sexta-feira ocorrido a cerca de 30 metros do porto egípcio de Rashid, Delta do Nilo.


Segundo fontes oficiais, 12 pessoas sobreviveram ao acidente e cinco feridos foram transportados para um hospital de Damanhur.

Desconhecem-se as causas do acidente, em que um dos barcos se virou ao contrário e outro partiu-se ao meio


Correio da Manhã, 4/12/09

Estudo diz que aquecimento global vai provocar mais guerras em África

O aquecimento global vai aumentar em 54 por cento o número de conflitos nos países da África Subsaariana e provocar até 393 mil mortos mais, revela um estudo recente feito por investigadores de várias universidades norte-americanas.

Os cientistas analisaram dados históricos do período de 1981 a 2002 e introduziram nos seus modelos de cálculo os indicadores da importância das colheitas agrícolas, já que 90 por cento da população destes países trabalha na agricultura.

Outra conclusão é que o número de mortos nos conflitos potenciados por estas alterações climáticas é superior ao verificado em guerras motivadas por outros factores. Os cálculos indicam um número adicional de 393 mil mortos até 2030.

JN, 6/12/09

sábado, 5 de dezembro de 2009

AMI faz 25 anos e já realizou mais de 200 missões 65 países

A Assistência Médica Internacional (AMI), que comemora hoje 25 anos, já realizou mais de 200 missões internacionais em 65 países.
Fundada pelo médico Fernando Nobre, a fundação portuguesa prestou assistência, por exemplo, durante a crise dos refugiados no Ruanda, em 1994, o tsunami no Sri Lanka, em 2004, e a recente epidemia da dengue em Cabo Verde, enumera em comunicado.

Actualmente, a fundação tem em curso, «em mais em de 30 países, projectos de apoio local em áreas fundamentais do desenvolvimento como a saúde e educação, trabalhando assim para a construção de uma sociedade civil mais esclarecida e interventiva na construção do seu próprio futuro».

In Diário Digital / Lusa

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Angola: HRW é credível mas «com ideia errada do país»

O ministro sem pasta angolano, Bento Bembe, responsável pela área dos direitos humanos, disse hoje à Agência Lusa que considera a Human Rights Watch (HRW) uma organização «credível» mas com uma ideia errada do país nos dias de hoje.

A dois dias da realização da Conferência Nacional Sobre Direitos Humanos, que decorre quinta e sexta-feira em Luanda, António Bento Bembe, reagindo aos constantes alertas da HRW sobre o desrespeito pelos direitos humanos no país, afirmou que a organização «devia fazer mais cuidado com as informações que recebe» e que «poderia facilmente verificar serem falsas».
«Nós temos mantido contactos com a HRW, encontros para abordar assuntos ligados aos direitos humanos e para explicar e aconselhar os nossos amigos dessa organização para, muitas vezes, prestarem mais atenção a informações que recebem que são falsas para não perderem a credibilidade porque esta é uma organização credível», apontou.

In Diário Digital / Lusa

Guiné-Bissau: Autoridades querem que missão da UE continue

As autoridades da Guiné-Bissau pretendem que a União Europeia continue a acompanhar o processo de reforma do sector de defesa e segurança no país, disse hoje o general espanhol Juan Esteban Verastegui.

Juan Esteban Verastegui, chefe da Missão da União Europeia para a Reforma do Sector de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau, falava no final de um encontro com o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, com uma equipa que veio de Bruxelas para analisar o futuro compromisso dos «27» com a reforma do sector de defesa e segurança do país.

In Diário Digital / Lusa

Mauritânia: Zapatero pede «prudência» no caso do sequestro

O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, pediu hoje «prudência e discrição» relativamente ao caso dos três espanhóis sequestrados na Mauritânia, um caso em que o governo terá uma «resposta contundente».

«Temos o risco da segurança de três espanhóis. Isso exige prudência e discrição. O Governo vai ser escrupuloso e vai manter essa posição. Todos devem entender que temos que trabalhar assim», afirmou no Estoril.

Zapatero recordou que essa posição é idêntica há que Espanha manteve em casos anteriores de sequestros e que se exige «compreensão» até na tarefa de informar.

In Diário Digital / Lusa

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Activista saraui desmaiou


Aminatou Haidar não poderá levar muito mais por diante a greve de fome. Há duas semanas que a activista pela independência do Sara Ocidental está no aeroporto de Lanzarote sem comer. Sábado numa reunião com um diplomata espanhol desfaleceu. Haidar foi deportada por Marrocos a 14 de Novembro por escrever que o seu pais é o Sara Ocidental. O Governo espanhol recebeu-a em Lanzarote e ofereceu-lhe a cidadania o que lhe permitia regressar a casa para junto dos filhos. Mas Haidar recusa porque não quer ser "estrangeira em sua própria casa".

Israelistas preparam sanduíche gigante atrás de recorde

E vai para o Guinness, chefs israelenses preparam um gigante "Meorav Yerushalmi" ("misto de Jerusalém"), sanduíche com uma mistura de carnes grelhadas em mercado de Jerusalém neste fim de semana.
Foram usados um pão de cerca de 1,5 metro de comprimento e 32 quilos de carne.

domingo, 29 de novembro de 2009

Ministros israelitas contra congelamento dos colonatos

Alguns ministros e membros do Likud, o partido um primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, criticam a suspensão parcial da colonização na Cisjordânia proposta por este para permitir a reactivação do processo de paz.

«Sou decididamente contra o congelamento da construção», afirmou hoje o ministro do Ambiente, Gilad Erdan, antes da reunião semanal do governo, acrescentando que «esta medida não fará os palestinos voltarem à mesa de negociações».

O vice primeiro-ministro, Sylvan Shalom, afirmou por seu turno que «a decisão é inútil e só reforçará as exigências palestinianas».

In Diário Digital / Lusa

França e Ruanda restabeleceram relações diplomáticas

A França e o Ruanda decidiram «restabelecer relações diplomáticas», anunciou hoje a presidência francesa em comunicado, no mesmo dia em que este país africano de língua oficial francesa aderiu à Commonwealth.
Kigali interromeu as suas relações diplomáticas com Paris em finais de 2006, após a emissão de mandados de detenção pelo juiz anti-terrorista francês Jean-Louis Bruguière visando familiares do presidente Paul Kagamé.
Os visados eram suspeitos de participação no atentado em 1994 contra o avião de então presidente ruandês Juvénal Habyarimana, que perdeu a vida.

In Diário Digital / Lusa

terça-feira, 17 de novembro de 2009

EUA não querem ficar a longo prazo no Afeganistão

Os Estados Unidos não querem permanecer no Afeganistão a longo prazo, afirmou a secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, em entrevista à cadeia de televisão ABC.

"Permanecer no Afeganistão não nos interessa. Não temos lá interesses de longo prazo", declarou a chefe da diplomacia dos Estados Unidos, enquanto que o presidente Barack Obama deve em breve anunciar a sua estratégia para aquele país, que poderá incluir o envio de dezenas de milhares de tropas suplementares.

Hillary Clinton também assegurou que "o presidente Karzai e o seu governo podem fazer melhor" para dirigir o país.

"Fizemos passar a mensagem. Agora que a eleição está finalmente concluída, queremos ver provas tangíveis de que o governo afegão pode responder às necessidades dos afegãos", insistiu a chefe da diplomacia norte-americana.

O povo "não quer o regresso dos talibãs, quer um governo que possa de facto funcionar para o servir. E juntos, nós e os nossos aliados da comunidade internacional, ajudaremos a criar uma força afegã que possa ocupar-se da sua segurança", observou Hillary Clinton à antena da emissão This Week.

"A nossa prioridade é a segurança dos Estados Unidos. Como nos protegermos e defendermos contra os futuros ataques. Não queremos que o Afeganistão se torne um santuário e uma rampa de lançamento para o terrorismo como aparentemente já está a ser", considerou a secretária de Estado.

Estes são os elementos que "motivam o presidente a tomar a melhor decisão possível" sobre a sua estratégia afegã, sublinhou Hillary Clinton.


In JN a 2009-11-15

África em 700 presépios artísticos

Mosteiro beneditino faz parte da história de Santo Tirso, capital de esculturas e encontro de confrarias.

Obrasão à entrada do Museu Municipal Abade Pedrosa, antiga ala conventual testemunha a secular presença da ordem beneditina, em 1566, cujo mosteiro e igreja barroca prolongam o cruzamento de olhares, símbolos do sagrado/religioso e herança patrimonial.

Além dos claustros do século XVIII e riquíssimos altares de talha dourada, cujas imagens da "Pietà" e de S. Bento merecem visita demorada, a cidade de Santo Tirso, onde, há 1100 anos, nasceu S. Rosendo (figura cimeira da igreja na Idade Média) torna-se, a partir de hoje, na capital do presépio expondo à curiosidade 700 esculturas feitas por artesãos do continente africano. Será outra viagem marcada por diferentes símbolos da religiosidade popular. "Queremos trazer de volta uma tradição perdida nos tempos. Os presépios fazem parte da nossa memória, arte e cultura", recorda Delfim Manuel, 30 anos a moldar o barro, autor de várias obras de arte reconhecidas internacionalmente, 10 prémios conquistados no mundo do artesanato. Além do trabalho de oficina, o artesão de Rebordões fundou a Confraria do Caco e, há quatro anos, promove a exposição internacional de presépios.

"Vamos ter 700 esculturas de diferentes tamanhos e proveniências. São 22 países de África, entre os quais a Somália, a África do Sul e o Egipto. Será outro encontro de culturas e formas artísticas", sublinha. A mostra tem o apoio da Câmara local e irá decorrer em vários cenários: paços do concelho, corporações de bombeiros, montras das lojas e escolas. No futuro, serão chamadas as igrejas para participar na iniciativa. "Em 2011, queremos expor 5000 presépios", adiantou Delfim Manuel, não sem antes chamar a atenção para o artístico presépio patente na igreja beneditina.

De volta à cidade com mais esculturas expostas ao ar livre por m2 - só nos jardins e espaços públicos estão 32 obras de arte assinadas por artistas de várias escolas e países -, o visitante com tempo e vontade de fruir o património poderá dar um salto à Estação Arqueológica do Monte Padrão, em Monte Córdova, cujo centro interpretativo ajuda a desvendar os segredos do castro e diferentes fases de ocupação; observar o valioso acervo patrimonial, mais as colecções de achados arqueológicos e, no corredor transformado em galeria, admirar obras recentes do mestre Júlio Resende.

Existe outro motivo de interesse para um salto a Santo Tirso: neste fim-de-semana, realiza-se o IV Encontro Internacional de Confrarias e a cidade terá outra animação. Haverá desfile e entronização de novos confrades. Porém, o visitante não pode deixar a cidade sem visitar o mosteiro de Singeverga e a igreja de Roriz. Por estas bandas, os licores e as bolachas são imperdíveis para animar os sentidos.


in Revista Viva+ a 2009-11-14

Droga: Cocaína encaminhada da Venezuela para África por um Boeing de carga - agência da ONU

Dacar, 17 Nov (Lusa) - Os traficantes sul-americanos passaram um novo limiar ao encaminhar cocaína para o Mali, a partir da Venezuela, a bordo de um avião cargueiro Boeing fretado para a ocasião, revelou segunda-feira a Agência da ONU contra a droga.

A África Ocidental, importante ponto de trânsito para os mercados europeus, está também prestes a tornar-se uma zona de produção, como o atesta a descoberta recente na Guiné-Conacri de instalações de fabrico de heroína, cocaína e ecstazy.

"Um Boeing cargueiro, que partiu da Venezuela, aterrou numa pista improvisada a 15 quilómetros de Gao (nordeste) antes de descarregar a cocaína e outros produtos ilícitos", disse, em Dacar, o responsável regional da Agência da ONU contra a droga e o crime (ONUDC) Alexandre Schmidt.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Angola e Namíbia querem fronteira livre do paludismo

Angola e Namíbia estão a trabalhar conjuntamente, desde os últimos anos, no sentido de tornarem as suas fronteiras livres do paludismo e de outras doenças preveníveis por acção de vacinas, garantiu a O PAIS, em Maputo, o Ministro da Saúde, José Van-Dúnem.
De acordo com José Van-Dúnem, os dois países membros da SADC, estão a trabalhar na uniformização das intervenções no combate ao paludismo, tendo em conta que a Namíbia está a caminhar para uma fase de eliminação desta doença no seu território.
A nível da região da SADC, a Namíbia, África do Sul, Botswana e Suazilândia são os únicos países membros desta agremiação geopolítica que entraram para a fase de eliminação do paludismo, enquanto que Angola, Moçambique, Zâmbia e Zimbabwe estão numa fase de controlo com largas possibilidades de entrarem para a fase de préeliminação.
Em função dos esforços empreendidos pelas autoridades sanitárias da Namíbia, Angola, no dizer do Ministro da Saúde, “não quer interferir negativamente no sucesso da eliminação do paludismo naquele país, porque a nível da fronteira comum existe ainda níveis elevados de contaminação”.
“Estamos a fazer esforços para tornar a fronteira entre Angola e Namíbia numa zona livre de paludismo”, disse.
Indagado sobre as razões do avanço da Namíbia e do ligeiro atraso de Angola relativamente às acções para a eliminação do paludismo, José Van-Dúnem disse que a diferença tem a ver com as dinâmicas foram acentuadas nos respectivos países, na medida em que uns tiveram avanços e outros recuos.
Segundo o ministro da Saúde, agora há um esforço muito grande que vai beneficiar o momento positivo que existe relativamente ao combate da doença na região, que em seu entender abarca várias velocidades de implementação, tendo em conta que a luta é efectuada por vários países, com redes sanitárias diferentes, sistemas de saúde com desempenho diferentes, alguns com mais recursos financeiros e humanos que outros.
Seguindo essa perspectiva, o governante angolano foi realista ao reconhecer que “não podemos pensar em ter a mesma velocidade. Por isso, é que uns estão na fase de eliminação, outros na fase de controlo, enquanto outros ainda estão mais atrasados”, como são os casos do Malawi, Lesotho, República Democrática do Congo e Tanzânia.
O Madagáscar foi afastado da agremiação devido à inconstitucionalidade reinante no país, em função do golpe de Estado que afastou o Presidente da República, Marc Ravalomanana.
A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) adoptou um programa de luta contra o paludismo, que passa por um mecanismo de ajuda mútua entre os países membros, fundamentalmente os mais atrasados do ponto de vista de eliminação e controlo da doença, para acelerarem as suas acções.
A estratégia, segundo o titular da pasta da Saúde em Angola, refere que os países mais avançados difundam as boas práticas e os exemplos de sucesso, para acelerarem o alcance dos objectivos a que todos se propuseram.
A malária continua a ser a maior causa de morte na região, mas no entender de José Van-Dúnem, o bom momento reinante a nível dos países membros da SADC deve ser aproveitado, porque existem medicamentos altamente eficazes, maior acesso ao diagnóstico facilitado com testes rápidos, qualitativos e que não exigem tanto a especialização dos profissionais. Essas acções são complementadas com a luta anti-vectorial, através do uso do mosquiteiro tratado com insecticida, o DDT, a pulverização associada à luta larval, que produziram resultados satisfatórios.
O ministro disse igualmente que actualmente há um crescimento acentuado da investigação, medicamentos eficazes, pessoal capacitado, e “vontade política, porque há mais dinheiro” e garantiu: “Estamos a viver um momento especial no sentido positivo, que deve ser aproveitado pelas lideranças de Saúde e pelos profissionais”.


in, O País

Primeiro ensaio clínico de vacina contra paludismo

Um grupo de pesquisadores, reunidos em Nairobi (Quénia) por ocasião do quinto fórum multilateral sobre a iniciativa da vacina contra o paludismo, anunciou hoje, terça-feira, o lançamento dum primeiro ensaio clínico de fase avançada que beneficiará sete países africanos, soube a PANA terça-feira de fonte autorizada na capital ruandesa.
Segundo um comunicado publicado pela Iniciativa Africana de Luta contra o Paludismo (PATH-MVI), a nova vacina será administrada a pelo menos 16 mil pessoas no Burkina Faso, no Gabão, no Ghana, no Quénia, no Malawi, em Moçambique e na Tanzânia.
Este ensaio clínico deverá avaliar a inocuidade, a tolerância e a eficácia potencial do produto GlaxoSmithKline Biologicals (GSK Bio).
"A nova vacina vai contribuir para salvar milhares de vidas humanas em África, onde pelo menos 800 mil pessoas morrem de paludismo", declarou Patricia Njugunya, pesquisadora no Centro KEMRI, especializado na concepção de vacinas contra as doenças tropicais como o paludismo.
As pessoas a vacinar, incluindo com idades entre os seis e os 17 anos, serão submetidas a um período de tratamento de seis meses depois dum acompanhamento da inocuidade e da eficácia durante seis meses, precisa o comunicado.
"Este procedimento marca um período crucial na luta contra o paludismo depois de 10 anos de trabalho de pesquisa sobre a vacina anti-palúdica", sublinhou o Dr. Joe Cohen, iniciador desta vacina.
O paludismo constitui a primeira causa de mortalidade infantil em África. No Ruanda, as estatísticas oficiais indicam que 62 crianças em mil nascimentos vivos morrem anualmente da doença antes de atingir os cinco anos.
in, Angola Press

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

UE: Associação Ferrmed defende linha ferroviária entre Norte da Europa e Norte de África

Bruxelas, 27 Out (Lusa) - A associação Ferrmed, que reúne empresas e organizações privadas europeias, defendeu hoje, em Bruxelas, perante o Comité Económico e Social, a criação do eixo ferroviário Reno-Ródano-Mediterrâneo Ocidental para ligar o Norte da Europa ao Norte de África.

A Ferrmed, uma associação sem fins lucrativos que reune empresas de vários sectores de actividade, apresentou um estudo sobre a viabilidade e as vantagens do projecto com o objectivo de o incluir nas prioridades comunitárias e de conseguir fundos comunitários.

Segundo esta associação, a promoção deste eixo ferroviário vai impulsionar a competitividade europeia e melhorar as ligações entre portos e aeroportos, permitindo um desenvolvimento mais sustentável graças à redução da poluição.

África do Sul/Ensino: Investimento na língua Portuguesa é "rentável" - Embaixador de Portugal

Pretória, 31 Out (Lusa) - O embaixador de Portugal na África do Sul, João Ramos Pinto, considera o investimento feito pelo Estado no ensino da língua Portuguesa neste país "rentável e bem empregue".

Em declarações à Lusa na capital sul-africana, Ramos Pinto destacou que o Português ocupa um lugar importantíssimo na África do Sul, país cuja Constituição "protege" a língua portuguesa, por inúmeras razões, que vão da enorme comunidade lusófona, à relação de proximidade com Moçambique e Angola e aos interesses e negócios entre os países e povos da região.

"O Português é e sê-lo-á cada vez mais uma língua de negócios na região, é a segunda língua mais falada no espaço da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), e, por isso, existe uma grande procura e interesse por parte da África do Sul e professores e intérpretes da nossa língua", salientou João Ramos Pinto.

sábado, 31 de outubro de 2009

Ficamos sem um dos nossos!

Na passada terça-feira, Rafael Silva tomou uma grande decisão que acabou por mudar a vida de todos! Ao ponderar sobre o seu futuro próximo e sobre as melhores opções a seguir, Rafael optou por, ousadamente, mudar o rumo da sua vida, isto é, em vez de os lados de África, cursar mais a norte em direcções britânicas. Deste modo, deixamos para trás um dos nossos elementos, mas apesar do reduzido número de sujeitos do grupo, continuamos de cabeça erguida, sempre em busca do sucesso!

Ao Rafael, desejamos o melhor e que volte, sempre que assim o decidir. Estaremos jovialmente de braços abertos. Obrigado pelo esforço, carinho, dedicação e claro, casa emprestada para respectivas concentrações do bando!


Rita, Carlos e Luís






segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Interceptados nove emigrantes clandestinos

Argélia - Nove argelinos candidatos a emigração clandestina na Europa foram interceptados hoje (segunda-feira) nas proximidadades do largo da costa de Ghazaouete, no extremo oeste da Argélia, quando eles tentava entrar em Espanha, anunciou a guarda-costeira argelina.
Com idades compreendidas entre os 23 a 29 anos, eles foram interceptados por uma unidade da guarda-costeira argelina as 03h00 (02h00 GMT - 01h00 de Angola) no largo de Ghazaouete perto de Tlemcem a 540 quilómetros a Oeste de Argel, indicou a guarda-costeira.

Eles iniciaram a sua viagem no mar a bordo de uma pequena embarcação, segundo a mesma fonte.

No domingo, a guarda-costeira tinham interceptado 17 argelinos candidatos à emigração no largo das costas de Oran, a grande metrópole do Oeste do país.
in, Angola Press

UNESCO aprova criação do Instituto da África Ocidental na Praia

Praia, Cabo Verde - O projecto de criação do Instituto da África Ocidental (IAO) foi aprovado pela recém terminada 35ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas para Educação Ciência e Cultura (UNESCO) decorrida em Paris, França, apurou a PANA este fim-de-semana de fonte autorizada.

O IAO vai ter categoria 2, estatuto que o faz internacional, autónomo e a funcionar sob os auspícios da UNESCO.

Segundo uma fonte ligada à instalação do referido instituto em Cabo Verde, o documento que a Comissão Executiva da UNESCO submeteu à Assembleia Geral deste organismo sobre a proposta de criação do IAO na Praia provou a importância e a necessidade da instituição.

"A UNESCO encoraja a cooperação internacional visando a integração regional", pode ler-se no documento que teve como base um relatório preciso e profundo elaborado pelo cessante director-geral da organização, quem concluiu que "tal iniciativa corresponde exactamente aos objectives da organização".

Ao aprovar a criação do IAO, a Assembleia Geral da organização mundial que responde pela educação, ciência e cultura teve em boa conta a proposta do Governo de Cabo Verde apresentada em Janeiro de 2008 e a pronta adesão de importantes parceiros internacionais, sublinha a fonte.

Entre estes parceiros cita-se organizações como a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) e a União Económica e Monetária Oeste-Africana, bem como o Ecobank, uma instituição bancária regional.

Ao recomendar a assinatura do acordo entre a UNESCO e o Governo de Cabo Verde que cria o IAO, a Comissão Executiva enfatizou claramente "a importância que reveste a integração regional como instrumento vital para assegurar a viabilidade do crescimento económico, da paz e da estabilidade, assim como a consolidação da democracia na África Ocidental".

A nível interno, o Governo de Cabo Verde aprovou, a 23 de Setembro passado, o projecto de lei que permite a criação de organizações internacionais no país, o qual já foi enviado à Assembleia Nacional (Parlamento) para aprovação.

Ao que tudo indica a lei deve ser discutida em Novembro e, se for aprovada, ficam assim praticamente abertas as portas para a entrada em funcionamento do IAO em meados de 2010.

Ainda no quadro do projecto de criação do IAO, realiza-se na Praia, nos dias 12, 13 e 14 de Novembro, o primeiro Encontro Nacional sobre Investigação e Desenvolvimento (ENID1), com a participação já garantida de mais de uma centena de delegados.

Entre os participantes estarão investigadores de renome nacional e internacional, como o Prémio Nobel de Biologia e Medicina Sydney Brenner, que será o presidente científico do evento.

A decisão de criar o Instituto da África Ocidental para a integração regional, com sede na cidade da Praia, foi tomada pelos chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, em Janeiro de 2008, com base numa proposta do governo de Cabo Verde e da UNESCO.




in, ANGOP

Tolerância de ponto na quarta-feira

Maputo - O Governo moçambicano vai conceder tolerância de ponto aos funcionários públicos na próxima quarta-feira, dia de eleições presidenciais, legislativas e provinciais.
O objectivo é que os moçambicanos possam assim exercer o seu direito de voto, nas quartas eleições gerais desde a abertura do país ao multipartidarismo.
O Ministério do Trabalho apela também aos empregadores públicos e privados, nos casos em que não é possível interrupção do trabalho, para que estabeleçam escalas de serviço, de modo a permitir que todos possam votar.
Na quarta-feira, cerca de 10 milhões de eleitores vão às urnas em Moçambique para escolher o novo Presidente da República e a composição da Assembleia da República, para os próximos cinco anos.
Ao mesmo tempo, realizam-se também as primeiras eleições provinciais.
in, Angola Press

sábado, 24 de outubro de 2009

Quatro civis mortos por soldados da OTAN no Afeganistão

Quatro civis foram mortos hoje por soldados da Organização do Tratado do Atlântico Norte no sul do Afeganistão, indicaram autoridades locais, que condenaram firmemente este incidente.

"Sábado, por volta das 15h30 locais (11h de Lisboa), um comboio do ISAF (força militar da OTAN no Afeganistão) abriu fogo sobre um veículo civil, matando duas mulheres, uma criança e um homem, além de ferir um outro homem e duas mulheres, estando estas últimas em estado grave", indicou o governador da província de Kandahar (sul do país) num comunicado.

"O governo de Kandahar condena firmemente este incidente", acrescentou, precisando que as investigações sobre as circunstâncias do incidente já estão em curso.

Contactada, a Força Internacional da Nato para o Afeganistão (ISAF), indicou que não dispõe ainda de informações sobre este incidente.

Bastião rebelde e uma das regiões mais violentas do país, a província de Kandahar foi o berço do movimento de talibãs afegãos nos anos 90.

Também na região de Kandahar, as forças afegãs e internacionais mataram, na quinta-feira, "uma dezena de rebeldes" talibãs, incluindo um comandante das forças rebeldes, informou a Isaf.

Outros seis talibãs foram mortos, na sexta-feira, na província de Kapisa (nordeste do país), vizinha de Cabul, anunciou hoje, sábado, o ministério da Defesa afegão em comunicado.

in jn a 24 de Outubro de 2009

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

ONU: Iraque e Kuwait chamados a terminar contencioso da guerra de 1990

Nova Iorque, 23 Out (Lusa) - O Conselho de Segurança da ONU apelou quinta-feira a Iraque e Kuwait que redobrem esforços na investigação de pessoas e bens desaparecidos desde a guerra do Golfo de 1990, lamentando a lentidão dos progressos realizados sobre este assunto.
Os progressos sobre este ponto "reforçariam as relações amigáveis que existem actualmente entre o Iraque e o Kuwait", declarou à imprensa o embaixador do Vietname, Le Luong Minh, em nome do Conselho a que preside em Outubro.
"Os membros do Conselho notaram que progressos limitados foram feitos no domínio da identificação dos corpos de pessoas falecidas", disse.

África: Interesses das grandes empresas são responsáveis pelos conflitos - bispos africanos

Cidade do Vaticano, 13 Out (Lusa) - Os bispos africanos acreditam que as causas das guerras em África não se devem ao tribalismo mas à "ânsia" das multinacionais em se apropriarem de todos os recursos, denunciou hoje, no Vaticano, o cardeal Peter Turkson, arcebispo da Costa do Cabo, no Gana.
Turkson, que é o relator do II Sínodo de Bispos para África, fez estas acusações no Relatório Posterior à Discussão, o documento que recolhe as intervenções dos 244 prelados, 197 dos quais assistiram a esta assembleia sinodal.
Os prelados destacaram, precisou o cardeal, que as multinacionais querem apropriar-se "de maneira exclusiva" de todas as reservas estratégicas do continente, caso do petróleo, urânio, entre outros, e que isso leva a conflitos armados, pelo que, defendeu, é necessário um quadro jurídico internacional que garanta o controlo das multinacionais e das indústrias extractoras.

África exige que poluidores paguem alterações climáticas

A apenas dois meses da cimeira das Nações Unidas em Copenhaga, os responsáveis reuniram-se num fórum especial na capital do Burkina Faso, Uagadugu, onde realçaram a necessidade de uma compensação pelo desastres naturais causados pelas alterações climáticas.
"Pela primeira vez África terá uma posição comum", disse o presidente da comissão da União Africana, Jean Ping.
"Decidimos falar a uma só voz" e "exigiremos reparação de danos" na cimeira de Dezembro, acrescentou.
Os especialistas consideram que a África sub-Sahariana é uma das regiões mais afectadas pelo aquecimento global.
O Banco Mundial estima que os países em desenvolvimento sofrem cerca de 80 por cento dos danos das alterações climáticas, apesar de serem responsáveis por apenas um terço dos gases de efeito de estufa na atmosfera.
"Os decisores políticos têm de concordar com a redução das emissões de gases com efeito de estufa e respeitar o princípio do poluidor-pagador", disse Jean Ping.
Numa declaração final, os seis chefes de Estado Africanos presentes no fórum disseram que solicitam apoio para que as nações industrializadas reduzam as suas emissões de carbono em "pelo menos 40 por cento" até 2020, relativamente aos níveis de 1990.
in DN a 12 de outubro de 2009

Bill Gates doa 120 MD para projectos em África e Índia

Bill Gates fará hoje o anúncio da iniciativa em Des Moines (Iowa) por ocasião de um simpósio dedicado ao Prémio Mundial da Alimentação.
Segundo a organização de desenvolvimento Aliança para a Revolução Verde em África (AGRA), uma das organizações apoiadas, os 120 milhões de dólares irão para vários projectos de desenvolvimento agrícola que visam resolver o problema da segurança alimentar a longo prazo.
A AGRA indicou que irá receber uma bolsa de 15 milhões de dólares para apoio a políticas agrícolas em cinco países africanos: Etiópia, Gana, Mali, Moçambique e Tanzânia.
Os outros projectos financiados pela Fundação Gates, segundo o director adjunto para desenvolvimento da instituição, Roy Steiner, referem-se ao Quénia, Malawi, Zâmbia, Uganda e Índia.
Na Índia, será financiado um projecto de gestão de águas tendo em vista a população feminina.
Segundo a ONU, mil milhões de habitantes do planeta passam fome.
A Fundação de Bill Gates, o homem mais rico do mundo, tem um orçamento de 3,8 mil milhões de dólares (2,5 mil milhões de euros) só para o ano 2009.
in DN a 15 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Angola: Português morto a tiro no Huambo

Um português de 46 anos foi morto a tiro na cidade angolana do Huambo por um trabalhador da obra onde a vítima estava colocada.

O cônsul-geral de Portugal em Benguela, Alexandre Leitão, que tem a seu cargo a província do Huambo, no Planalto Central de Angola, explicou à Lusa que a descrição dos acontecimentos da polícia angolana indicam que o cidadão português foi morto à queima-roupa por um funcionário da mesma empresa, a construtora Angolaca.

Ainda segundo a mesma fonte, o cidadão português, cerca das 09:00 de segunda-feira, terá repreendido um seu subalterno angolano por este ter chegado atrasado ao trabalho, o que levou a uma troca de palavras mais acesa.

O alegado autor dos disparos, ainda segundo o relato feito pela polícia e transmitido ao cônsul-geral de Portugal em Benguela, dirigiu-se a um dos seguranças da obra, retirando-lhe a arma, uma AK-47 (Kalashnikov) e disparando de seguida à queima roupa sobre o português, causando-lhe morte imediata.

O corpo do cidadão português está ainda em Benguela, onde aguarda o cumprimento das formalidades legais para depois ser transportado para Luanda e, de seguida, para Portugal, onde vai ser enterrado em Vila Nova de Famalicão.

Este é o terceiro português vítima de disparos de arma de fogo em Angola num espaço de três meses, cujas mortes foram publicamente conhecidas.

in jn, de 22 de Outubro de 2009

Um aparte: O terror de Auschwitz

«A única maneira de sair daqui é pela chaminé». Esta foi a frase que milhão e meio de pessoas ouviram antes de irem para a câmara de gás. «Arbeit macht Frei» (o trabalho liberta) é outra frase célebre de Auschwitz escrita numa tabuleta pelos nazis à entrada do campo. Foi o primeiro campo de extermínio. Foi construído na Polónia onde conseguiram juntar cerca de 155 000 pessoas e onde se criou um complexo de morte.
Os primeiros 20.000 que foram recebidos eram criminosos alemães. Dois outros campos foram construídos na sequência de uma visita realizada por
Himmler em 1 de Março de 1941, que decidiu elevar a capacidade para 30.000 e mandar projectar o campo para 100.000 pessoas. Este último campo acabou por ser construído pelos próprios prisioneiros da guerra. Na visita, Himmler anuncia que será construída uma fábrica de armamento para que os prisioneiros participem no esforço da guerra. Próximo dos campos existentes funcionavam dezenas de oficinas metalúrgicas, fábricas e minas da região.
As execuções em massa de judeus começaram na Primavera de 1942 em Maio, altura em que 1.200 judeus encolhidos nos comboios recém-chegados da Alemanha, Eslováquia e França, foram gaseados. Tinha-se descoberto que para cada quilo de peso era necessário cerca de 1 miligrama de Zyklon. Entre 1942/43 usaram 20.000 Kg do produto. Os médicos do campo
seleccionavam quem morreria nas 2 horas seguintes e quem iria trabalhar nos 6 meses futuros.
O
comandante de Auschwitz formou entre os presas uma orquestra de instrumentos de corda obrigando-os a tocar «Barcarolle» para os acalmar. Depois deu-lhes postais ilustrados para escreverem para casa dizendo que estavam bem instalados num campo de trabalho imaginário. Os SS prometiam-lhes banhos reconfortantes, pediam-lhes que pendurassem as roupas em cabides numerados e que entrassem numa sala cheia de chuveiros e torneiras mas que eram falsas. Mal a porta da sala se fechava militares SS com máscaras de gás subiam ao terraço e introduziam Zyklon B pelas frestas que actuava em 20 minutos. Os mais novos eram os primeiros a morrer devido ao gás se espalhar mais depressa em baixo.
Um esquadrão especial de presos eram os responsáveis pela limpeza dos corpos, retiravam-lhes as próteses, os óculos, os brincos, colares, alianças, dentes de ouro e rapavam-lhes o cabelo, e só depois eram levados para os fornos para serem queimados. As cinzas eram deitadas nos rios ou usadas como estrume. Aos sobreviventes eram-lhes atribuídos símbolos próprios que os identificavam: os judeus usavam a
estrela de David amarela, os prisioneiros políticos um triângulo vermelho, os ciganos um triângulo negro, as testemunhas de Jeová o violeta, os homossexuais cor-de-rosa, e para os criminosos o verde.
As refeições eram constituídas por: ao pequeno-almoço meio litro de uma aguada a que os nazis chamavam café, ao almoço uma sopa sem carne preparada normalmente com legumes estragados e à noite um pão mal cozido com margarina ou queijo e uma nova tisana. Sendo uma alimentação inadequada levava a que muitos dos detidos fossem parar á enfermaria, conhecida com «antecâmara da morte», pois normalmente o seu sofrimento era aliviado por uma injecção letal ou por um passeio até á câmara de gás. Os prisioneiros eram punidos por todas e nenhuma razão, por fazer e por não fazerem.
Josef Mengele era um médico do campo e escolheu cerca de 1500 gémeos para usar como cobaias, servindo um de controle e experimentando no segundo. Mandava matar muitos só para os estudar na autópsia. Utilizou também como cobaias sete dos dez anões ciganos que obrigou a dançar nus para as tropas SS. O único que tentou ajudar os prisioneiros foi o bacteriologista Wilhelm Hans Munch, dando-lhes medicamentos e alimentos, correndo assim risco de vida.
Muitos prisioneiros revoltaram-se a partir de 7 de Outubro de 1944, um grupo de presos atirou pedras aos militares enquanto outros pegaram fogo ao edifício, conseguindo muitos deles fugir e sobreviver para contar a história.
Em 27 de Janeiro de 1945, o exército soviético liberta o campo da morte e encontra perto de 3.000 homens e mulheres pesando entre 23 e 35Kg.

domingo, 18 de outubro de 2009

Uma outra visão - Israel rejeita decisão do Conselho de Direitos Humanos da ONU


Jerusalém - Israel rejeitou e considerou "injusta"a decisão do Conselho de Direitos Humanos (CDH) da ONU, que aprovou hoje o relatório Goldstone, que acusa este país e o movimento islâmico palestino Hamas de cometer crimes de guerra na ofensiva contra a Faixa de Gaza entre Dezembro do ano passado e Janeiro.
"Israel rejeita a resolução parcial adoptada hoje, em Genebra, pelo CDH da ONU, e pede que todos os Estados responsáveis também o repudiem", afirma um comunicado divulgado hoje pelo Ministério de Assuntos Exteriores israelitas.
O CDH referendou hoje o citado relatório com o voto a favor de 25 dos 47 membros que o integram, enquanto seis o rejeitaram, 11 se abstiveram e 5 não votaram, fato que o comunicado repercute ao compará-lo com o apoio maioritário da votação para o estabelecimento da comissão que averiguou o ocorrido em Gaza.
Israel expressa também sua "gratidão a todos aqueles Estados que apoiaram sua posição, e a aqueles que, através de seu voto, expressaram oposição a esta resolução injusta, que ignora os ataques assassinos cometidos pelo Hamas e por outras organizações terroristas contra civis israelitas".
A resolução condena Israel por não colaborar com a missão de investigação, e solicita a aprovação das recomendações contidas no relatório, que incluem que o Conselho de Segurança da ONU leve ao Tribunal Penal Internacional o caso da ofensiva de Gaza, se Israel e Hamas não realizarem averiguações sobre os factos.
O comunicado do ministério indica que a decisão adoptada hoje "também ignora as precauções sem precedentes adoptadas pelas forças israelitas para evitar prejudicar civis, assim como a cínica utilização de civis como escudos humanos pelos grupos terroristas".
Israel considera que a adopção da mencionada resolução prejudica tanto os esforços para proteger os direitos humanos de acordo com o direito internacional, assim como os esforços para promover a paz no Oriente Médio.
"Esta resolução dá ânimo às organizações terroristas no mundo todo e menospreza a paz global", diz o documento.
Além disso, adverte que Israel "continuará exercitando seu direito à defesa própria e de tomar acções para proteger as vidas de seus cidadãos".
in, AngolaPress

Aprovação de Relatório Goldstone é vitória dos palestinos, diz Hamas

Cairo - O líder máximo do Hamas, Khaled Meshaal, qualificou hoje a aprovação do Relatório Goldstone no Conselho de Direitos Humanos da ONU (CDH) como "uma vitória dos palestinos e de seus mártires", em declarações a "Al Jazira".
"Damos as boas-vindas ao resultado da votação no Conselho de Direitos Humanos, que consideramos uma vitória para o povo palestino e para os mártires palestinos", disse Meshaal, que vive exilado em Damasco, à rede de televisão do Qatar.
Além disso, Meshaal considerou a aprovação do documento como um triunfo do direito e da justiça, já que "faz parte da conta pendente" entre palestinos e Israel.
O CDH referendou hoje o citado relatório com o voto a favor de 25 dos 47 membros que o integram, enquanto seis o rejeitaram, 11 abstiveram-se e 5 não votaram, facto que o comunicado repercute ao compará-lo com o apoio maioritário da votação para o estabelecimento da comissão que averiguou o ocorrido em Gaza.
Só os países islâmicos, africanos e não-alinhados deram um "sim" unânime ao texto, que contou também com o apoio de alguns países latino-americanos, enquanto os europeus votaram divididos.
Para o secretário-geral do Bureau Político do Hamas, "isto é fruto da luta do povo palestino e sua determinação para apresentar o Relatório à votação com a ajuda dos estados irmãos árabes, de outros estados amigos e de organizações humanitárias.".
Além disso, Meshaal pediu que os dirigentes israelitas sejam julgados, pelo que descreveu como "crimes contra os palestinos":

"Apelo aos estados do mundo para que os líderes políticos, militares e de segurança de Israel sejam julgados pelos crimes que cometeram contra os palestinos".
A resolução condena Israel por não colaborar com a missão de investigação, e solicita que sejam aprovadas as recomendações recolhidas no relatório, que incluem que o Conselho de Segurança da ONU transfira ao Tribunal Penal Internacional a ofensiva de Gaza, se Israel e Hamas não efectuarem investigações.
in, AngolaPress

Energia: Petrobrás e Galp estudam parceria para África e Venezuela

Porto, 16 Out (Lusa) - A Petrobrás e a Galp estão a negociar "aprofundar a parceria", existente para a prospecção e extracção de petróleo no Brasil, com projectos na África e na Venezuela, disse hoje o presidente da petrolífera brasileira.

"Estamos a estudar parcerias para África e Venezuela", disse hoje, à Lusa, José Sérgio Gabrielli, à margem da atribuição do grau de Doutor Honoris Causa ao geólogo Guilherme de Oliveira Estrella, actual director de Exploração e Produção da petrolífera brasileira.

Em declarações aos jornalistas, o presidente da Petrobras avançou que, em cima da mesa das negociações com a Galp, estão projectos que a petrolífera brasileira tem em países africanos, como Angola, Senegal, Nigéria, Namíbia, Líbia, Tanzânia.

Todo-o-terreno: Dakar deverá regressar a África em 2011 com partida de Lisboa

Vilamoura, Faro, 18 Out (Lusa) - O Rali Dakar em todo-o-terreno deverá estar de regresso a África em 2011, com partida de Lisboa, disse hoje à Agência Lusa o promotor das duas edições nacionais da prova, João Lagos.

"Sabemos que o próximo Dakar é na América do Sul - Argentina/Chile -, mas tudo indica que o 'grande' Dakar estará de regresso a África em Janeiro de 2011", afirmou o empresário português.

Lagos disse que, após a repentina decisão de cancelamento da edição de 2008, que partia da capital portuguesa, "ficou desde logo acertado que, mal o Dakar regressasse a África, Lisboa voltaria a ser o ponto de partida do Dakar".

Atentado suicida no Irão faz 29 mortos

Um bombista suicida provocou hoje, domingo, a morte de 29 pessoas no sudeste do Irão, incluindo cinco oficiais superiores dos Guardas da Revolução, o corpo de elite das forças armadas iranianas.

A agência iraniana IRNA indicou que entre os mortos no atentado, que provocou também "dezenas de feridos", estão o vice-comandante das forças terrestres dos Guardas da Revolução, general Noor Ali Shooshtari e o comandante provincial Rajab Ali Mohammadzadeh.

O atentado ocorreu na região de Pishin, perto da fronteira do Irão com o Paquistão, quando o bombista suicida se fez explodir junto a uma viatura onde se encontravam os oficiais dos Guardas da Revolução, adiantou a IRNA.

O presidente do parlamento iraniano, Ali Larijani, condenou o atentado, que ainda não foi reivindicado.

"Exprimimos as nossas condolências pelo martírio (das vítimas). A intenção dos terroristas é a de perturbar a segurança da província de Sistan-Baluchistão", disse Larijani numa comunicação transmitida pela rádio pública do Irão.

Os Guardas da Revolução foram criados na sequência da revolução islâmica iraniana de 1979 como uma força militar de elite e bastião ideológico do regime clerical islâmico.

Com efectivos estimados em 120 000 homens os Guardas da Revolução controlam o sistema de mísseis do Irão e têm unidades terrestres, navais e aéreas próprias.

in JN, 18 de Outubro de 2009

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

IBM põe Linux em netbooks destinados a África


A IBM anunciou uma parceria com a Canonical destinada ao desenvolvimento de um pacote de software baseado em Linux, destinado aos netbooks vendidos em território africano. Com o acordo, a Big Blue pretende oferecer às empresas a possibilidade de adquirirem computadores e tecnologia a um custo mais baixo do que o conseguido com os computadores actualmente disponíveis no mercado, que tradicionalmente rodam os sistemas operativos da Microsoft. Denominada Smart Client for Smart Work, a solução inclui aplicações de correio electrónico, processamento de texto, folha de cálculo, comunicação unificada, redes sociais, todas baseadas em standards abertos que, além dos netbooks, poderão vir a ser integradas noutros dispositivos móveis. O pacote de software corre em Ubuntu, a versão Linux distribuída pela Canonical, e pode ser gerido a partir da "nuvem". A IBM acredita que a nova oferta conjunta poupará às empresas cerca de metade do custo por pessoa que teriam com a compra de um computador de instalação Windows. Segundo a fabricante, a solução já está disponível para o território africano, estando a ser testada para outros mercados emergentes.


in Tek notícias, Outubro de 2009

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Abbas pede voto a condenar Israel

Presidente da Autoridade Palestiniana recuou depois de ter sido criticado por ter defendido o adiamento da votação para Março.

O Presidente da Autoridade Palestiniana pediu ontem que o Conselho de Direitos Humanos da ONU vote um relatório que acusa Israel de crimes de guerra cometidos na Faixa de Gaza.

Mahmoud Abbas cedeu à pressão dos EUA e às fortes críticas internas e recuou depois de ontem ter defendido que o voto fosse adiado até Março, por falta de apoio.

Em Damasco, o líder do Hamas, rival de Abbas, considerou que o adiamento era escandaloso e punha em causa os esforços de unidade palestiniana. No Médio Oriente, muitos bateram com os sapatos nos cartazes com o rosto do líder da Fatah, uma das maiores ofensas no islão.

O relatório acusa Israel mas também o Hamas de crimes de guerra durante a operação israelita de 22 dias em Gaza, em Dezembro de 2008.

in DN a 12 de Outubro de 2009

BMW investe 200 milhões de euros na África do Sul

O fabricante alemão BMW anunciou um investimento de 2,2 mil milhões de randes (200 milhões de euros) na sua fábrica sul-africana de Rosslyn, arredores de Pretória.

Rosslyn, que foi a primeira fábrica da BMW estabelecida fora da Alemanha, em 1975, vai poder aumentar a sua produção das actuais 60 mil para 87 mil unidades por ano, ao mesmo tempo que levará a cabo um extenso programa de formação em novas tecnologias para empregados e fornecedores locais de componentes.

Este investimento, que foi anunciado depois de demoradas negociações com o governo sul-africano, reforça a política da marca alemã de não efectuar despedimentos durante a grave crise financeira global, nem recorrer a programas de "no work no pay" (sem trabalho, sem pagamento) durante paralisações da sua unidade fabril em virtude de quebras nas vendas e substituição de equipamentos, afirma a empresa.

O programa de formação de quadros da BMW sul-africana, associados e técnicos da sua rede de agentes oficiais vai abranger milhares de profissionais e será feito em conjugação com incentivos governamentais à indústria automóvel (APDP) criados em Agosto último por decreto.

A fábrica da BMW em Rosslyn emprega directa e indirectamente 42 mil pessoas e é o maior exportador de veículos de passageiros entre todos os fabricantes automóveis que operam na África do Sul. Cerca de 75 por cento da sua produção da série 3, com volante à direita e à esquerda, é exportada para os EUA, Japão, Taiwan, Singapura, Nova Zelândia, Austrália, Hong Kong e África sub-saariana.

"O grupo BMW nunca receou tomar decisões para o futuro, apesar das condições difíceis do mercado para a indústria automóvel. Ao fazer um anúncio desta magnitude durante a maior crise que a indústria enfrentou em tempos recentes, não só enviamos uma mensagem positiva aos nossos empregados sobre a sustentabilidade a longo prazo da BMW da África do Sul, como também do país no seu todo", salientou na ocasião o director-executivo da marca alemão na África do Sul Bodo Donauer.

Apesar de as vendas do segmento de mercado onde se insere a série 3 terem caído 18 por cento em relação a 2008, a marca está convencida de que a actual aposta na fábrica local lhe permitirá um arranque seguro com vista ao abastecimento do mercado local e mundial assim que a economia apresente sinais de retoma, afirmou Donauer.

por Lusa em 05 de Outubro de 2009