A União Africana considerou hoje, terça-feira, que a conferência da ONU sobre o clima, que decorre em Copenhaga, poderá conduzir "à morte do Protocolo de Quioto", único instrumento jurídico vinculativo na luta contra o aquecimento global.
"Os representantes do continente deram unanimemente a conhecer a sua firme e determinada recusa de continuarem as consultas que se traduziriam na morte de Quioto", segundo um comunicado distribuído à imprensa em Adis Abeba.
"A Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (UNFCCC) estabelece os princípios gerais, sem qualquer cláusula restritiva, enquanto o Protocolo de Quioto constitui, por seu lado, o instrumento jurídico que estabelece os compromissos conducentes à redução das emissões de gases com efeito de estufa", lê-se no documento.
Para a UA, representada pelo primeiro-ministro etíope Meles Zenawi, nomeado "principal negociador" em nome dos 53 Estados membros daquela organização, "a morte do Protocolo de Quioto é a morte de África".
Segunda-feira de manhã, o grupo africano, chegou a abandonar as negociações a nível dos grupos de trabalho, exigindo a realização de uma sessão ministerial plenária exclusivamente dedicada ao seguimento a dar a este convénio internacional.
A crise passou somente depois da ministra do Clima e Energia dinamarquesa, Connie Hedegaard, que preside aos trabalhos, ter garantido às delegações africanas a satisfação da sua exigência.
in jn, 15/12/2009
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
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