O ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair afirmou hoje, em depoimento na comissão de inquérito sobre a participação britânica na Guerra no Iraque, que o «cálculo do risco» representado pelo ditador iraquiano Saddam Hussein mudou após os ataques terroristas contra os Estados Unidos a 11 de Setembro de 2001.
Ao ser questionado sobre a sua estratégia para o Iraque, Blair disse que, antes do 11 de Setembro, pensava que Saddam Hussein podia ser controlado com uma «política de contenção» e através de sanções.
O cálculo de risco mudou com os ataques nos EUA nos quais morreram mais de 3.000 pessoas. Se essa gente, inspirada por fanatismos religiosos, tivesse conseguido matar 30 mil, teriam feito, então cheguei à conclusão de que não se podia assumir riscos nesta questão», afirmou Blair.
Blair salientou ainda que esta posição era britânica e não dos Estados Unidos.
O governo de Blair é acusado de exagerar o risco representado pelo ditador iraquiano para justificar a guerra. O então presidente norte-americano George W. Bush já admitiu que foi um erro invadir o país com base no argumento de que havia armas de destruição maciça, nunca encontradas.
In Diário Digital / Lusa
--Comentário--
As mudanças que se instalaram com o 11 de Setembro foram, na minha opinião, ao nível da mentalidade mundial e não só nestas políticas sobre o Iraque.
Este atentado foi definitivamente o acontecimento do século até agora, pelo que a população mundial em geral passou a olhar com outros olhos a comunidade arábe e se criaram estereótipos sobre esta.
Existem muitas teorias da conspiração que inclusive se encaixam nesta mudança de mentalidade das pessoas. Quanto à Inglaterra que se envolveu na guerra, bom, eles também precisam de petróleo, e muito...
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
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1 comentários:
Muito Bom Luís!
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