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segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Copenhaga: EUA alcançou "acordo significativo" mas "insuficiente" com China, Índia e Africa do Sul

Copenhaga, 18 Dez (Lusa) - Os Estados Unidos alcançaram um "acordo significativo" mas "insuficiente" com as principais nações emergentes, nomeadamente com a China, Índia e a Africa do Sul, na Cimeira Mundial sobre Alterações Climáticas, em Copenhaga, adiantaram hoje fontes da delegação norte-americana

O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Barack Obama, que hoje chegou à capital dinamarquesa para participar no encerramento da conferência da ONU sobre alterações climáticas, reuniu durante a tarde de hoje com os quatro principais países emergentes (Brasil, África do Sul, Índia e China), considerados actores-chave para um sucesso em Copenhaga.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Hamas rejeita prorrogação mandato Abbas e nova data eleições

O movimento radical islâmico Hamas rejeitou a prorrogação do mandato do presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, e a convocação de eleições para 28 de Junho, data determinada hoje pelo Conselho Nacional da Organização para a Libertação da Palestina (OLP).
«Qualquer coisa decidida pelo Conselho Nacional é ilegal», afirma o Hamas, em comunicado enviado à imprensa, no qual explica que «as competências do Conselho expiraram».
«A legitimidade (constitucional) provém do povo palestiniano, não do Conselho Central ou Nacional ou qualquer outro conselho ou instituição cuja autoridade tenha expirado», acrescenta a nota do Hamas, ao questionar a vigência da OLP, da qual não faz parte, mas que representa os interesses palestinianos perante da comunidade internacional.

Ismail Radwan, um dos líderes do movimento islamita em Gaza, lembrou que a legislatura de Abbas expirou em Janeiro de 2009, e que, portanto, desde então, não deveria ser considerado presidente.
«Abbas não tem nenhuma autorização para continuar como tal a menos que as eleições sejam realizadas», declarou.
«Todas estas tentativas de prorrogar mandatos são manipulações ilegais», salientou.

Sobre o poder Legislativo, o comunicado afirma que, «segundo as Leis Básicas, é dono de si mesmo», e que, portanto, «continuará a actuar com plenas competências até que sejam realizadas novas eleições».

Embora legalmente o mandato de quatro anos dos deputados ainda não tenha expirado e a OLP tenha estendido hoje as suas atribuições, o Parlamento deixou praticamente de operar em 2007, quando os islamitas se rebelaram contra o presidente Abbas e a ANP.

In Diario Digital / Lusa

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

"A morte do Protocolo de Quioto é a morte de África"

A União Africana considerou hoje, terça-feira, que a conferência da ONU sobre o clima, que decorre em Copenhaga, poderá conduzir "à morte do Protocolo de Quioto", único instrumento jurídico vinculativo na luta contra o aquecimento global.



"Os representantes do continente deram unanimemente a conhecer a sua firme e determinada recusa de continuarem as consultas que se traduziriam na morte de Quioto", segundo um comunicado distribuído à imprensa em Adis Abeba.

"A Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas (UNFCCC) estabelece os princípios gerais, sem qualquer cláusula restritiva, enquanto o Protocolo de Quioto constitui, por seu lado, o instrumento jurídico que estabelece os compromissos conducentes à redução das emissões de gases com efeito de estufa", lê-se no documento.

Para a UA, representada pelo primeiro-ministro etíope Meles Zenawi, nomeado "principal negociador" em nome dos 53 Estados membros daquela organização, "a morte do Protocolo de Quioto é a morte de África".

Segunda-feira de manhã, o grupo africano, chegou a abandonar as negociações a nível dos grupos de trabalho, exigindo a realização de uma sessão ministerial plenária exclusivamente dedicada ao seguimento a dar a este convénio internacional.

A crise passou somente depois da ministra do Clima e Energia dinamarquesa, Connie Hedegaard, que preside aos trabalhos, ter garantido às delegações africanas a satisfação da sua exigência.

in jn, 15/12/2009

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Saara Ocidental: Marrocos manifesta "espanto" e "decepção" por moção aprovada pelo Parlamento português

Lisboa, 08 Dez (Lusa) - O Governo de Marrocos manifestou hoje "espanto" e "decepção" pelo conteúdo do voto de solidariedade aprovado no Parlamento português em 27 de Novembro e relacionado com a situação da activista pela independência do Saara Ocidental, Aminatu Haidar.

"O Governo de Marrocos exprime o seu espanto e decepção na sequência da aprovação, recente, pelo Parlamento português, de uma moção inamistosa e relacionada com a denominada Aminatu Haiar", refere um comunicado oficial.

"Esta atitude infeliz e inoportuna, independentemente das condições em que foi desencadeada e das modalidades da sua aprovação, suscitam a reprovação por parte de todas as forças vivas do Reino (de Marrocos), tendo em consideração as relações de amizade e respeito mútuo que sempre existiram entre os dois países", precisa o comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação marroquino, citado pela agência Maghreb Arab Presse (MAP).

Bagdad: explosões simultâneas fazem mais de 100 mortos


A explosão quase simultânea de cinco carros-bomba esta terça-feira em diferentes pontos de Bagdad causou a morte de pelo menos 118 pessoas e e fez quase 200 feridos, confirmaram as autoridades iraquianas segundo a Reuters.
A primeira explosão teve como alvo a sede Ministério do Interior, no centro de Bagdad, a segunda, o Parque de Zawraa, na parte oeste, a terceira, a Universidade de Mustansiriya, no leste. A quarta ocorreu junto ao Ministério do Trabalho e a quinta atingiu uma patrulha policial no bairro de Al-Dura, no sul da capital.
Os ataques acontecem dois dias depois da aprovação, pelo Parlamento, da lei eleitoral que abre caminho para a realização da segunda eleição geral no país desde a queda de Saddam Hussein.
Em Outubro, uma série de ataques a bomba coordenados mataram pelo menos 155 pessoas e deixou centenas de feridos. Estes ataques vêm fazer frente aos dados recentemente divulgados pelo governo iraquiano que indicavam um decréscimo da violência nos últimos 18 meses.
Todos os postos de controlo na cidade foram fechados após os ataques desta terça-feira.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A palestiniana que falhou o 'martírio' porque não encontrou soldados

O olhar adensa-se, torna-se mais escuro, e, por segundos, arqueiam-se-lhe as sobrancelhas. A pergunta traz recordações dolorosas mas Arin não ilude a resposta: "Se tivesse visto soldados, isso significaria guerra, luta". Logo, não teria mudado de ideias e teria feito explodir a mochila que transportava às costas. Com 35 kg de explosivos. Teria sido uma shaeed - mártir - cujo corpo, ou o que restasse dele, estaria hoje numa vala comum do "cemitério dos números" em Israel.




Mas Arin Awad Ahmed naquele dia de Maio de 2002 não viu soldados no parque da cidade israelita de Rishon Letzion. E isso fez toda a diferença. Transformou-a na primeira - e única - kamikaze que se arrependeu no último momento.

"Vi pessoas, jovens, idosos; vi uma mãe com um bebé; quando recordo esse dia, ainda sinto o que então senti", afirma, com voz segura, esta palestiniana que passou os últimos sete anos e meio numa prisão israelita. "Deus não me deu o direito de tirar a vida a ninguém, eram civis, não podia fazer-lhes o que os soldados estavam a fazer ao meu povo", adianta a jovem muçulmana da pequena vila de Beit Sahur, vizinha da cidade de Belém.

Arin diz-se preocupada em defender o seu povo e, de forma especial, os milhares de palestinianos que ainda estão nas prisões israelitas. De forma pacífica porque a "estratégia dos suicidas" teve o seu momento, agora "é a do diálogo, das negociações". Embora, sublinha, estas não tenham dado qualquer "resultado". Na defesa dos prisioneiros, ela e o marido - Sami, um ex-prisioneiro - criaram uma estação de rádio precisamente para dar voz aos que estão presos e também para levar até eles as vozes do exterior, das famílias, dos líderes.

"Temos um sonho, que é também um direito: ter um Estado com fronteiras definidas, onde possamos viver em liberdade e com dignidade. Dignidade é a chave", afirma, em conversa com o DN, horas após "ter despido a alma" perante um auditório que ouviu a sua história com profunda atenção. Arin veio a Lisboa no âmbito da X Conferência da Cunha Vaz & Associados e para uma entrevista conduzida pelo jornalista Henrique Cymerman.

A menina que perdeu o pai aos seis meses e que a mãe - que vive na capital jordana - deixou com os tios e as tias na pequena vila da Cisjordânia, teve sonhos que a violência do conflito com Israel destruiu. A segunda Intifada, que começou em Setembro de 2000, roubou-lhe o sonho de ser engenheira e de frequentar a universidade que desejava; o ano de 2002 foi-lhe particularmente doloroso: o seu namorado, Jad, foi morto por israelitas, perdeu amigos e assistiu, impotente, aos mais de 30 dias de cerco militar israelita à Basilica da Natividade, em Belém, dentro da qual estavam alguns amigos. É neste ambiente de violência desenfreada que Arin, num ímpeto emocional dos seus 20 anos, comunica que quer fazer-se explodir para vingar a dor que os soldados israelitas lhe tinham provocado. E, a 22 de Maio, Arin e Issam, um palestiniano de 16 anos, são levados até Rosh Letzion, para se explodirem na praça da cidade. Primeiro seria Issam, depois e no lado oposto da praça, Arin. Mas ... não havia soldados. E a jovem desiste. Tenta convencer o adolescente a fazer o mesmo e exige aos "líderes" que os levaram até à cidade que a venham buscar.

"Fiquei três horas à espera. Desligavam-me o telemóvel, ameaçavam-me mas a minha resposta foi sempre a mesma: quero ir para casa, não quero fazer isto", conta. Finalmente, aceitaram a decisão de Arin, que partiu deixando a mochila num dos bancos da praça... Uma semana mais tarde, os soldados israelitas prenderam-na. Foi interrogada durante 23 horas seguidas e ao longo de 39 dias. O então ministro da Defesa de Israel, Benyamin Ben-Eliezer, foi à prisão para saber as razões que a levaram a dizer sim e a recuar. "Olhei-o nos olhos todo o tempo e tive a possibilidade de lhe dizer que eram as acções do seu exército que provocavam os shaeeds, elas eram a causa da violência", contou Arin ao DN.

Flavio Fonte: Diario de Noticias

Colisão de barcos no Nilo causa pelo menos dez mortos

Pelo menos dez pessoas morreram e várias dezenas de outras foram dadas como desaparecidas na sequência de uma colisão de dois barcos de passageiros esta sexta-feira ocorrido a cerca de 30 metros do porto egípcio de Rashid, Delta do Nilo.


Segundo fontes oficiais, 12 pessoas sobreviveram ao acidente e cinco feridos foram transportados para um hospital de Damanhur.

Desconhecem-se as causas do acidente, em que um dos barcos se virou ao contrário e outro partiu-se ao meio


Correio da Manhã, 4/12/09

Estudo diz que aquecimento global vai provocar mais guerras em África

O aquecimento global vai aumentar em 54 por cento o número de conflitos nos países da África Subsaariana e provocar até 393 mil mortos mais, revela um estudo recente feito por investigadores de várias universidades norte-americanas.

Os cientistas analisaram dados históricos do período de 1981 a 2002 e introduziram nos seus modelos de cálculo os indicadores da importância das colheitas agrícolas, já que 90 por cento da população destes países trabalha na agricultura.

Outra conclusão é que o número de mortos nos conflitos potenciados por estas alterações climáticas é superior ao verificado em guerras motivadas por outros factores. Os cálculos indicam um número adicional de 393 mil mortos até 2030.

JN, 6/12/09

sábado, 5 de dezembro de 2009

AMI faz 25 anos e já realizou mais de 200 missões 65 países

A Assistência Médica Internacional (AMI), que comemora hoje 25 anos, já realizou mais de 200 missões internacionais em 65 países.
Fundada pelo médico Fernando Nobre, a fundação portuguesa prestou assistência, por exemplo, durante a crise dos refugiados no Ruanda, em 1994, o tsunami no Sri Lanka, em 2004, e a recente epidemia da dengue em Cabo Verde, enumera em comunicado.

Actualmente, a fundação tem em curso, «em mais em de 30 países, projectos de apoio local em áreas fundamentais do desenvolvimento como a saúde e educação, trabalhando assim para a construção de uma sociedade civil mais esclarecida e interventiva na construção do seu próprio futuro».

In Diário Digital / Lusa

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Angola: HRW é credível mas «com ideia errada do país»

O ministro sem pasta angolano, Bento Bembe, responsável pela área dos direitos humanos, disse hoje à Agência Lusa que considera a Human Rights Watch (HRW) uma organização «credível» mas com uma ideia errada do país nos dias de hoje.

A dois dias da realização da Conferência Nacional Sobre Direitos Humanos, que decorre quinta e sexta-feira em Luanda, António Bento Bembe, reagindo aos constantes alertas da HRW sobre o desrespeito pelos direitos humanos no país, afirmou que a organização «devia fazer mais cuidado com as informações que recebe» e que «poderia facilmente verificar serem falsas».
«Nós temos mantido contactos com a HRW, encontros para abordar assuntos ligados aos direitos humanos e para explicar e aconselhar os nossos amigos dessa organização para, muitas vezes, prestarem mais atenção a informações que recebem que são falsas para não perderem a credibilidade porque esta é uma organização credível», apontou.

In Diário Digital / Lusa

Guiné-Bissau: Autoridades querem que missão da UE continue

As autoridades da Guiné-Bissau pretendem que a União Europeia continue a acompanhar o processo de reforma do sector de defesa e segurança no país, disse hoje o general espanhol Juan Esteban Verastegui.

Juan Esteban Verastegui, chefe da Missão da União Europeia para a Reforma do Sector de Defesa e Segurança da Guiné-Bissau, falava no final de um encontro com o primeiro-ministro guineense, Carlos Gomes Júnior, com uma equipa que veio de Bruxelas para analisar o futuro compromisso dos «27» com a reforma do sector de defesa e segurança do país.

In Diário Digital / Lusa

Mauritânia: Zapatero pede «prudência» no caso do sequestro

O primeiro-ministro espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, pediu hoje «prudência e discrição» relativamente ao caso dos três espanhóis sequestrados na Mauritânia, um caso em que o governo terá uma «resposta contundente».

«Temos o risco da segurança de três espanhóis. Isso exige prudência e discrição. O Governo vai ser escrupuloso e vai manter essa posição. Todos devem entender que temos que trabalhar assim», afirmou no Estoril.

Zapatero recordou que essa posição é idêntica há que Espanha manteve em casos anteriores de sequestros e que se exige «compreensão» até na tarefa de informar.

In Diário Digital / Lusa